gosto não gosto

Há já algum tempo que eu e alguns amigos andávamos para fazer um ‘gosto não gosto’ ao estilo da rubrica do DNa. E parece que é desta. A ideia é simples e é um exercício engraçado.

Gosto de música. Não gosto dos Beatles. Gosto da Amália, da Björk, da Missy Elliot e da Tori Amos. Gosto de extremos. Gosto da palavra ‘disco’. Não gosto das palavras ‘quermesse’ e ‘escrutínio’. Gosto de jogos com palavras. Gosto de ler. Gosto do Oscar Wilde, do Hermann Hesse, do Nick Hornby. Não gosto de ainda não ter lido livros que já devia ter lido. Gosto dos dias frios e sem nuvens do Outono. Gosto da chuva e do Inverno. Gosto de vestir muita roupa. Gosto de estar em casa quando chove. Gosto de castanho e de azul, mas não gosto de me vestir de azul. Também gosto do sol, do Verão e da areia quente na praia. Gosto de aproveitar as manhãs, mas também gosto de dormir até tarde. Gosto de pianos e violinos. Não gosto de frutos tropicais. Não gosto de coisas com sabor a ananás. Gosto de pessoas. Não gosto de centros comerciais. Gosto de simetria. Gosto da pronúncia do norte e gosto de Lisboa. Gosto do humor britânico. Gosto de londres. Gosto de países que nunca visitei. Não gosto de viajar tão pouco. Gosto do rio, mas prefiro o mar. Não gosto de ser tão ansioso nem da incerteza. Gosto do passado. Gosto dos anos 80. Não gosto de política. Não gosto de não gostar de política. Gosto de ser posto à prova. Não gosto de falhar. Gosto de instantes parados, de fotografias e polaroids. Gosto de filmes. Gosto do Tim Burton, da Sofia Coppola e da Julianne Moore. Gosto de pipocas, mas não gosto de pipocas no cinema. Não gosto de comodismo. Gosto de sensações que não consigo explicar. Gosto de conversas longas. Gosto de gostar de alguém e de saber que gostam de mim. Gosto de tantas outras coisas e não gosto do fim.

Acho que ando a descansar menos do que quando não estava de férias. Mas quero mais fins-de-semana assim.

rip it up

Na Wired de Novembro volta-se a falar de partilha de música e direitos de autor. A acompanhar a revista, um cd com 16 músicas de variadíssima gente – todas distribuídas com uma licença Creative Commons.

Ele é Beastie Boys, David Byrne, Matmos, Le Tigre e uma remistura über cool de Blackstrobe para o ‘Sister Saviour’ dos The Rapture.

no more drama

you wanna laugh, you wanna cry
you cross your heart and hope to die

’til it’s over… and then
it’s nice and quiet

Quando se ouve o camião da recolha do lixo é sinal de que nos andamos a deitar tarde.

drama queen #2

E quando se pensava que a semana não podia piorar, eis que uma das apresentações é antecipada para amanhã.

Vou ali cortar os pulsos e volto já.