com champanhe e caviar

sou mais um no carrossel 
dos esquisitos 
gente feia a girar
não é bonito?
juntos vamos celebrar
esta nossa palidez
que não dá p’ra disfarçar
como abutres no céu
são quase lindos
dois feiosos a rodar
gritando e rindo
são aberrações no ar
oh meu querido
fecha os olhos p’ra me beijar
que o mundo vai-se acabar
menos p’ra ti e p’ra mim
enquanto eu não te olhar
de tão perto assim
p’ra não me assustar
se uma bomba nuclear
tem a sua beleza
gente feia tem também
nem mesmo mata ninguém
que não mereça sim
morrer por ser ruim
por fazer sofrer
quem me quer assim
sobramos só nós dois
ninguém p’ra comparar
o nosso bolo de arroz
com champanhe e caviar

‘Carrossel dos Esquisitos’
Clã (letra de John Ulhoa)

Próximo single?

polifónicos

São 25, usam robes às cores – dantes vestiam de branco – e cantam músicas que nos obrigam a sorrir, mesmo que não queiramos, e que nos dão vontade de abraçar uma árvore. São os Polyphonic Spree e têm um disco novo. ‘Together We’re Heavy’ é uma continuação do álbum anterior, ainda que mais contido.

A música é sinfónica, há coros, psicadelismo, flautas e harpas. Para descobrir, comece-se pelo single, ‘Hold Me Now’ (foi esta a música que tocaram na última edição dos MTV VMAs), ou mesmo temas dos primeiro álbum: ‘It’s The Sun’, ‘Light And Day’ e ‘Hanging Around The Day’.

Para ouvir na rua, em dias solarengos, enquanto se levantam os braços ao céu e se grita “hey now it’s the sun, and it makes me smile”.

no iPod } Goldfrapp – Strict Machine

mar, amor, luar

Vivo sonhando, sonhando
Mil horas sem fim
Tempo em que vou perguntando
Se gostas de min
Tempo de falar em estrelas
Mar, amor, luar
Falar do amor que se tem
Mas você não vem, não vem
Você não vindo, não vindo
A vida tem fim
Gente que passa sorrindo
Zombando de mim
E eu a falar em estrelas
Mar, amor, luar
Pobre de mim
Que só sei te amar
Why are my eyes always full of this vision of you?
Why do I dream silly dreams that I fear won’t come true?
I long to show you the stars
Caught in the dark of the sea
I long to speak of my love
But you don’t come to me
So I go on asking
If maybe one day you’ll care
I tell my sad little dreams
To the soft evening air
I am quite hopeless it seems
Two things I know how to do
One is to dream
Two is loving you.

Morelenbaum / Sakamoto
‘Vivo Sonhando – Dreamer’

em segunda mão

Hoje fiz uma compilação só com covers:

1. cat power – (i can’t get no) satisfaction
2. ryan adams – wonderwall
3. maria joão e mário laginha – unravel
4. tori amos – enjoy the silence
5. johnny cash – personal jesus
6. rufus wainwright – hallelujah
7. fiona apple – across the universe
8. adriana calcanhotto – music
9. caetano veloso – come as you are
10. beck – everybody’s gotta learn sometimes
11. travis – baby one more time
12. the flaming lips – can’t get you out of my head
13. beth gibbons & rustin man – candy says
14. goldfrapp – u.k. girls (physical)

para gente sentada

O Festival Para Gente Sentada começa a tomar forma. Já estava confirmado Devendra Banhart e hoje, noticia o Cotonete, foram também confirmados Sufjian Stevens, Kate Walsh e Rosie Thomas. Tudo isto nos dias 1 e 2 de Outubro à distância de uma viagem de comboio.

E já que ainda há nomes por confirmar… que tal o Damien Rice?

ai ai ai

Consta que o Rufus Wainwright vem a Portugal para um concerto na Aula Magna, em Novembro.
Que bom, tantos concertos na Aula Magna!

“que bem que se está no campo”

Depois de quatro dias longe de computadores, água quente e do conforto da minha cama, estou de volta a Sines. Ainda não li nada sobre números oficiais, mas o Sudoeste deste ano parecia mais vazio: conseguimos chegar às primeiras filas em todos os concertos que queríamos, não havia grandes filas para os chuveiros… Mas havia espanhóis, muito espanhóis. Talvez para o ano a Optimus perca o patrocínio do festival para o El Corte Inglés.
Quem gosta de música achou o cartaz interessante; quem vai “pelo ambiente” achou o cartaz fraco. Os concertos foram do “wow” ao “oh…” e a companhia dos amigos foi, como sempre, a melhor parte.

Os mais:
* Os Franz Ferdinand, um dos melhores concertos do festival: poeira, suor e muito meneio de anca.
* O alinhamento perfeito do concerto dos Air: outro dos momentos do festival.
* Casas de de banho a sério no campismo, com autoclismo e tudo.
* Os Massive Attack: “Angel” a abrir e o cenário de luzes que não havia no Super Bock Super Rock.
* Love sem Arthur Lee. *gargalhadas alarves*
* Os Clã: eles são a banda nacional.
* Bolas de sabão: durante Divine Comedy, durante dEUS e nas nossas tendas.
* Pipocas e algodão doce.
* Tim Booth a cantar o “Sometimes” com chuva (sim, nós estávamos no grupo dos corajosos)
* Os Divine Comedy: “Generation Sex” e cover para o “No One Knows” dos Queens Of The Stone Age (!). Não houve “Love What You Do”, mas acabamos por cantá-lo na tenda.
* Os dEUS.

Os menos:
* Os Dandy Warhols, a desilusão deste festival.
* Saladas de atum com caril: yuck!
* As projecções que falharam no início do concerto de Kraftwerk.
* Os Zero 7, que estiveram muito melhor no Coliseu.
* A tenda Oxigénio.

é já aqui ao lado

Amanhã é dia de rumar para sudoeste. Até segunda-feira vou estar na Zambujeira do Mar, para mais uma edição do Festival Sudoeste. O Rodrigo Leão, os Divine Comedy, os Soulwax, os Clã, os Massive Attack, os Franz Ferdinand, os Dandy Warhols, os Zero 7, os Groove Armada, os Air, os Kraftwerk, o Tim Booth e os dEUS (uff…) vão compensar os quatro dias em que só vou comer enlatados e tomar duches frios.
Quem estiver por lá que, diga qualquer coisa.
Bom fim-de-semana e até segunda!