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Uma das faixas do novo álbum da Björk já anda por aí. Matmos, Matmos, Matmos. A ser tudo assim, é um álbum que vem do espaço. 31 de Agosto está quase aí.

lullaby

“Waking to these sounds again I wonder how I’ll sleep,
Passing out is taking off into the stubborn deep,
I’d like to meet a human who makes it all seem clear,
To work out all these cycles and why I’m standing here.
I’m falling over and over and over and over again now,
Calling over and over and over and over again now.
Running through my life right now I don’t regret a thing,
Things I do just me laugh and make me want to drink,
I’d like to meet a mad man who makes it all seem sane,
To work out all these troubles and what there is to gain.
I’m falling over and over and over and over again now,
Calling over and over and over and over again now.
Projecting what I want is always hard to know,
But when it comes between my sights I’ll let the damage show,
I’d like to meet a space man who’s got it going on,
Sailing through the stars at night until our world is gone.
I’m falling over and over and over and over again now,
Calling over and over and over and over again now.”

Morcheeba ‘Over And Over’

da polónia com amor

Invasão de palco num concerto de grupos corais? Não, não aconteceu – mas podia ter acontecido. Percebe-se neste festival que a relação das pessoas com a música é uma coisa estranha. Ali estavam em palco seis grupos corais e uma orquestra de 30 elementos. A ver, imensa gente sentada – novos, velhos, gente da terra e de fora – e, em frente ao palco, os ditos freaks saltavam e dançavam. Aquilo não era folclore, era freaklore. Mas o concerto foi fraco. No site do festival alguém pergunta se o cante nu continuaria a soar genuíno vestido das cordas de uma orquestra?. A resposta é não. O projecto é pretensioso, muito ao estilo “oh p’ra nós tão portugueses” ou “vamos lá tirar esta gente do campo, que isto sem orquestra não tem piada”. Os Warsaw Vilagge Band tocaram já para um público mais pequeno, mas ainda grande para um quinta-feira à noite. As expectativas eram altas, mas o concerto não esteve à altura. São bons, mas não muito, e piscam o olho aos Hedningarna vezes a mais.
No segundo dia, o voz deSavina Yannatou encheu o castelo. A Savina é uma espécie de Diamanda Galas, versão ‘diet’ e sem rituais de sangue em palco. Foi bonito. O David Murray foi a seca que já se esperava – 3 horas de puro entretenimento de cruzeiro. O ínicio não foi mau, mas descambou pouco depois. Ainda assim, conseguiu ser menos mau que Tom Zé: drogas a mais e intervencionismo de algibeira – maldito sejas David Byrne, por ter redescoberto este senhor. Foi pena, estava convencido de que iria gostar.
A cidade esteve cheia durante estes dias, mas o festival podia ter corrido melhor.