O Rufus Wainwright é um verdadeiro Artista, assim mesmo com letra grande. Mesmo sem banda, as canções têm força que chegue para encher a Aula Magna. E quem precisa de uma banda quando se tem uma voz assim?
O alinhamento foi perfeito: desfilaram canções sobre “gente morta” (‘Matinée Idol’ e ‘Memphis Skyline’, esta última colada a ‘Hallelujah’, num momento totalmente dedicado a Jeff Buckley), canções que antecipam ‘Want Two’, os quasi hits ‘Cigarettes & Chocolate Milk’ e ‘California’ e o inesperado ‘Complainte de la Butte’ – e fica-lhe tão bem o francês.
Houve muito diálogo com público: explicou a fotografia na capa do novo álbum, como conheceu Jeff Buckley e o que achava de toda a gente cantar o ‘Hallelujah’ – hilariante, este momento.
Rendeu-se ao público – fazemos com que ele se sinta sexy, disse – e achou que os nossos cabelos escuros eram fabulous. No fim, a entrega foi total com ‘Go or Go Ahead’, qual trapézio sem rede, já que é música que não toca geralmente sem banda. Antes disso, tempo para o memorável ‘Foolish Love’ – e eu bem gritei por esta canção quando ele voltou ao palco pela segunda vez!
Nós gostámos e ele também e prometeu voltar. Mais relatos de quem também lá esteve: aqui, aqui e aqui. Na imprensa: Cotonete, Disco Digital e Público.
[Noutro registo: não encontrava tanta gente conhecida num concerto há tempo.]