Depois de ver ontem na 2: o concerto do Rufus Wainwright, começo a pensar que há músicas que vão perder muito tocadas só no piano.
Gostava de encomendar esta t-shirt.
Depois de ver ontem na 2: o concerto do Rufus Wainwright, começo a pensar que há músicas que vão perder muito tocadas só no piano.
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Começa a torna-se hábito andar à chuva quando há concertos do Tim Booth.
O concerto de ontem começou morno e à segunda música Tim ainda não convencia nem estava convencido. Felizmente a coisa melhorou. Houve ‘Laid’ versão acústica logo ao início, ‘Down To The Sea’ cantando no meio do público e ‘Sometimes’, também em versão acústica – pele de galinha do princípio ao fim durante esta última.
Foi bom, mas sempre grandes exageros. Acabou em jeito de lullaby, com o Tim a cantar “please fall in love with me”.
E porque no Outono o som dos pianos é mais bonito, fiz uma compilação só com canções onde há um piano:
1. hawksley workman – autumn’s here
2. rufus wainwright – poses
3. alanis morissette – this grudge (acoustic)
4. lambchop – autumn’s vicar
5. aimee mann – satellite
6. fiona apple – paper bag
7. elliott smith – baby britain
8. rosie thomas – 2 dollar shoes
9. tori amos – a sorta fairtytale
10. ryan adams – the shadowlands
11. cat power – maybe not
12. badly drawn boy – magic in the air
13. belle & sebastian – fox in the snow
14. devendra banhart – autumn’s child
15. lamb – blessing in disguise
No quarto impecável, ao lado do corpo, a carta, com um último artigo a sair no jornal de Domingo, no correio dos leitores, dizia assim: “Sou jovem. Honesto, estudante. Trabalho, sou pago: eu pago os impostos, as letras, os juros, da casa, dos móveis, dos livros na estante, dos discos, dos filmes: Que hei-de fazer? Eu vou ao cinema, eu leio poemas, gosto de ler! Eu voto, eu escolho, eu olho nos olhos dos casos, dos factos, das coisas concretas: Eu não tomo drogas, não sou alcoólico! Eu estou preocupado e um pouco dorido ao ver que em várias revistas adultos, ministros, artistas, nas entrevistas da tv, demonstram que os jovens são brutos, boémios, incultos, autistas, não têm emprego, ou são arrivistas e mal educados: são tão depressivos, são tão destrutivos, que hei-de fazer? Com 23 anos já não faço planos: para quê fazer? Eu vivo da esperança na vaga mudança que nunca vai acontecer: Eu não tomo drogas, não sou alcoólico!”
J. P. Simões (Quinteto Tati)
Eu, ao menos, ainda faço planos.
‘Who Is It’ é o primeiro single comercial a ser extraído de ‘Medúlla’ [e já agora, o mini-site dedicado ao álbum tem montes de coisas novas].
O vídeo é muito bonito – eu quero um casaco coberto de guizos! – e a versão da música usada tem muito de manhã outonal. Há também um mini-site delicioso dedicado ao single – e eu já tenho um wallpaper novo no meu mac.
Há concertos que me deixam com vontade de ouvir compulsivamente a banda em questão nos dias seguintes. Estranhamente, isso está a acontecer-me com os Magnetic Fields.
I had a dream and you were in it
The blue of your eyes was infinite
You seemed to be
In love with me
Which isn’t very realistic
A remistura do ‘Halo’ dos Depeche Mode pelos Goldfrapp está brilhante. Há voz da Allison misturada e respirações ofegantes – parece que voltaram à montanha.
Um palco quase despido e canções simples e delicadas. Foi assim o concerto de ontem, fofinho e sem grandes ondas. Gostei muito de ouvir os clássicos do ’69 Love Songs’, as músicas do recente ‘i’ – a versão pouco cozinhada ‘I Thought You Were My Boyfriend’, por exemplo – e ainda gostei mais de ouvir temas antigos que não conhecia.
O Stephin Merrit não é nada simpático: não falou muito e quase não olhou para o público. Mas também havia a Claudia Gonson, que felizmente falou muito com o público, fez algumas piadas e dava ordem de arranque em muitos dos temas. A Claudia tem um jeito atrapalhado e um ar despreocupado que lhe fica muito bem.
Ah, e a Aula Magna já está mesmo muito velhinha. É preciso ter cuidado para não nos sentarmos em cadeiras que estejam partidas.
[* palavras certeiras do Stephin logo ao início do concerto]
É hoje!
Em adenda ao post anterior, os discos que não tenho mas que gostava de ouvir no outono:
Nicolai Dunger {Tranquil Isolation}
Devendra Banhart {Niño Rojo}
Jill Scott {Who Is Jill Scott?}
Jill Scott {Beautifully Human}
Ursula Rucker {Silver or Lead}
E esqueci-me também de dizer há pouco: obrigado ao João por me despertar a curiosidade em relação à Feist.